Terceiro e último dia, infelizmente.
Começamos o nosso dia bem cedo para aproveitar ao máximo, o cansaço já se faz sentir mas nada nos pára!
Parques!!! À semelhança de Paris, Londres também é uma cidade repleta de belíssimos e frequentadíssimos parques. E nem pensar ir a Londres e não conhecer pelo menos o Hyde Park, sorte a minha, como estive na cidade no fim de Novembro, já estava tudo repleto de decorações natalícias que eu tanto adoro, e no Hyde Park havia o Winterwonderland! Que maravilha, um pequeno parque temático de ambiente Natalício, preenchido com diversões, barraquinhas e espírito para viver o Natal. Mas, Natal e brincadeiras à parte, o Hyde Park é o principal parque do centro de Londres e forma uma das maiores áreas verdes da cidade, com 2,5 km2 de área. Ele é oficialmente reconhecido como um dos parques reais de Londres, ou seja, que outrora pertenceu a monarcas, e é famoso pela sua Speakers’ Corner (local onde qualquer cidadão pode discursar criticando o que quiser menos a família real ou o governo inglês, estando em cima de algo, pois se não estiver a pisar solo inglês não está sujeito às suas leis!), este serviu de palco a personalidades importantíssimas, tais como Karl Marx e George Orwel.
O Hyde Park é maravilhoso, e vão perceber isso quando se cruzarem com os esquilos! Vão querer passar o dia todo a alimentá-los! O parque possui uma infraestrutura considerável, com restaurantes, cafés, um centro de aprendizagem sobre natureza e a vida selvagem, passeios em carruagens, barcos a pedal para o uso no lago Serpentine e o aluguer de espreguiçadeiras. Há também um clube de ténis e cavalos disponíveis para o hipismo.
Este serve também de palco a eventos de música, por onde já passaram nomes como Madona, U2, Red Hot Chilli Peppers, entre outros.
Após um relaxante início do dia no Hyde Park, decidimos ir ver a troca da Guarda Real no Palácio de Buckingham (residência da monarquia inglesa, não é, nem de longe, nem de perto, um dos edifícios mais bonitos de Londres), esta acontece diariamente de Maio a Julho ou em dias alternados no resto do ano, por volta das 11h30, mas se querem ver bem, mais vale irem mais cedo! Sinceramente, dispenso, fui assistir mas não voltaria a repetir, perdi imenso tempo, teria sido bem mais interessante visitar outro local, no entanto, se forem com tempo, sem dúvida que é algo mítico na cidade de Londres. Basicamente, é um alinhamento perfeito de Guardas, com as suas fardas típicas, baterias, muito barulho e muita gente, e é o momento em que, como o próprio nome indica, há uma troca de guardas, em que é entregue a chave do palácio aos guardas que vêm substituir os que estavam, é um cenário cujas personagens principais são os Old Guards e os New Guards.
Para aqueles que dispensarem a troca da Guarda durante a sua curta estadia em Londres, e mais uma vez recomendo que o façam, sugiro que aproveitem essas horas, para visitar Notting Hill, passear pelo famoso Mercado de Portobello Road e conhecer um pouco de uma zona muito multi cultural e excêntrica da cidade, sugiro que o façam ao sábado de manhã, pois é o dia em que o mercado está ao rubro (Nota: a probabilidade de encontrarem Hugh Grant ou Julia Roberts é muito reduzida).
Ainda sem grande fome e com vontade de resgatar o tempo perdido na Troca da Guarda Real no Palácio de Buckingham, rumamos ao HMS Belfast (que não conseguimos visitar no 1º dia, durante o inverno as principais atrações da cidade fecham as portas muito cedo, a rondar as 17h30).
Imaginem um navio que traduza ao pormenor toda a vida da Marinha Real Britânica durante a Segunda Grande Guerra, esse navio é o HMS Belfast! Aposentado e ancorado permanentemente nas margens do Tamisa, desde 1971 é operado pelo Imperial War Museum. Batizado em homenagem à cidade de Belfast, capital da Irlanda do Norte, este desempenhou um papel único durante a Segunda Guerra Mundial e décadas depois apoiou a ONU na Guerra da Coreia. A recriação é feita de uma forma semelhante ao Churchill War Room, encantando miúdos e graúdos.
Bem, é tempo de comer, e nada melhor do que explorar um dos mercados de rua.
O Borought Market é um daqueles deliciosos locais cheios de aromas e sabores, com produtos típicos e tradicionais e também internacionais, onde dá vontade de comer de tudo! Está sempre cheio de locais e turistas à procura das mais diversas iguarias.
Este mercado é um autêntico centro de distribuição e abastecimento de alimentos. É o mais antigo da cidade, cuja história remonta ao século XIII, em que havia um mercado estabelecido na margem sul do Tamisa, próximo à London Bridge, e há 250 anos mudou-se para o local que ocupa ainda hoje. É perfeito para comprar algumas coisas deliciosas e frescas, e ir a comer enquanto se continua a visitar a cidade, ou então se preferirem podem mesmo comer dentro do mercado nas suas diversas bancas, que mais uma vez mostram toda a mescla de culturas que fazem de Londres uma cidade única.
Próximo ao mercado aproveitamos, ainda, para visitar uma belíssima catedral, a Southwark Cathedral.
Esta catedral é a mais antiga igreja gótica em Londres, reconstruída em 1212, depois dum incêndio danificar severamente a igreja, anteriormente no estilo normando.
Bem, chegamos ao fim! É altura de regressar ao Hotel, pegar na mala e voltar a casa.
Londres, a cidade intemporal, que concentra no mesmo momento o passado, presente e futuro.
A cidade que nos remete facilmente para um filme de ação do James Bond, mas também para um episódio dos Tudors.
A cidade de Shakespeare, do Sherlock Holmes, e da Monarquia mais emblemática de sempre!
A cidade repleta de história, de vida, de cultura, e de tanta diversidade.
A cidade que nos faz querer voltar vezes e vezes sem conta…
Este Artigo é o 3º de uma série de 3. (ver Dia 1) ( ver Dia 2)