Hotel Marignan Champs-Elysées

Localizado no coração do Triângulo de Ouro, no 8º bairro, entre a Avenue Montaigne, Champs-Elysées e a Avenue George V, o Hotel Marignan é uma verdadeira obra-prima do estilo contemporâneo.

O Marignan remonta a sua história ao século XVIII, quando ainda era uma residência privada, tendo sido também utilizado como embaixada, até que em 1920 se transformou num Palace Hotel.

A frase que melhor define este hotel está presente na grande escadaria desde o século XIX, “Que esta casa seja preenchida com verdadeiros amigos!” e foi preservada, não só a escadaria mas também o lema, pela proprietária Natalie Richard, que desde 2004 comanda o lema deste emblemático hotel.

Com a ajuda do arquiteto Pierre Yovanovitch, Natalie revitalizou o hotel respeitando a sua história e a arquitetura francesa, mas dando-lhe um toque que excede completamente o luxo contemporâneo.

Primeira Impressão
Eu fico extremamente entusiasmada quando sei que vou ficar hospedada num Hotel Design, mas tendo vindo recentemente duma viagem marcada (num dos hotéis) pelo design do carismático Philippe Stark (ver), a expectativa era bastante elevada. Pelas fotos, o Marignan parecia-me deslumbrante, por isso a curiosidade adensava-se à medida que chegávamos próximos do hotel.

Quando finalmente chegamos fomos recebidos por dois simpáticos funcionários que nos abriram a imensa porta escura e espelhada que nada deixava antever o que se seguia, transformando a experiência num momento bem intimista e discreto.

E quando a porta se abriu fomos agraciados com um Lobby de cortar a respiração! Um estilo contemporâneo (muito na linha dos trabalhos de Philippe Stark) onde se misturam uma mobília nitidamente feita por medida com obras de arte e objetos de design, criteriosamente combinados para criar um estilo gráfico que vai muito além de contemporâneo habitual.

O staff da receção, que se encarregou do nosso check in, recebeu-nos como se fossemos amigos de longa data, a experiência começou da forma mais descontraída possível mas com um toque de luxo típico de Paris. Daqui fomos levados ao quarto, tendo assim a oportunidade de ir percorrendo a histórica escadaria, perfeitamente preservada e que nos vai surpreendendo com as suas inscrições.

Quartos
São 45 e de cinco categorias distintas, Première, Deluxe, Eiffel Tower Deluxe, Prestige Deluxe, e Eiffel Tower Prestige. E cinco Suites, de três tipos, Prestige, Eiffeil Terrace e Marignan Eiffel, estas duas últimas com um terraço tipicamente parisiense e vistas deslumbrantes para a Torre Eifel.

Ficamos num quarto Deluxe, que bem se poderia chamar de apartamento! Um duplex, onde caberiam facilmente 4 pessoas, há ainda alguns Deluxe que são apropriados para amantes de desporto pois contêm equipamento de ginásio no próprio quarto.

O quarto segue a mesma decoração do todo o hotel, estilo contemporâneo com peças criadas especialmente para o hotel, com um charme e elegância sem igual e com um cunho deveras extravagante.

A casa de banho também não dispensa os luxos, com ótimas toalhas, roupões e os ótimos produtos da Guerlain.

À nossa disposição temos também café e chá.

Restaurantes/Bares
O hotel conta com dois espaços, o restaurante Nubé, e o Le Bar.
O restaurante está a cargo do jovem chefe colombiano Juan Arbelaez, que nos traz sabores de todo o mundo conjugados num ambiente informal e descontraído mantendo a alta cozinha bem presente. O nome do restaurante significa nuvem em espanhol e pretende personificar a atmosfera duma “refeição nas nuvens”!

A decoração do restaurante remete-nos para um autêntico jardim secreto, mais uma vez pelas mãos de Pierre Yovanovitch, tudo isto sob a proteção de suspensão em forma de nuvem, uma instalação assinada por Céline Wright. Aqui é o local certo para nos afastarmos da azáfama do dia-a-dia da cidade. A equipa tem também um papel bastante preponderante nesta experiência, mostrando-se descontraída e animada!

O restaurante serve todas as refeições do dia.

Quanto ao Le Bar ou “Simone Veille” Bar, é um verdadeiro ex-libris do hotel e de Paris, um ambiente extremamente cosmopolita, elegante e intimista, com cocktails ou mocktails de assinatura, ideal para um fim de tarde animado.

Serviços
Além de todos os serviços típicos dum hotel de luxo, como Concierge, Wi-Fi, Lavandaria, Serviço de Quartos 24/24, Serviço de Babysitter e Motorista Privado, o Marignan conta com algumas experiências únicas.

O serviço que mais distingue o hotel dos seus semelhantes é talvez a elegante sala de cinema com capacidade para 40 pessoas, e que serve para variadíssimos efeitos, seja para a sua funcionalidade principal, como assistir a um bom filme, seja para conferências ou congressos.

Outra das opções para diferentes eventos, é a utilização do Le Bar ou do restaurante Nubé, ou melhor ainda, de uma das suites com terraço direcionado para a Torre Eifel!

Atendimento
Como já fui referindo ao longo do texto, o que mais me agradou no atendimento do Marignan foi a capacidade que o staff tem de ser descontraído sem deixar de lado a elegância.

Isto por norma é típico dum hotel design, em que o atendimento vai ao encontro da decoração, ou seja, descontraído, mas extremamente personalizado e despretensioso.

No fundo, no Marignan sentimo-nos na casa de férias dos amigos de longa data, há simpatia, sinceridade, e diversão a cada momento.

O Hotel Marignan conjuga duas das coisas que mais me fascinam, história e arte!

É incrível o trabalho levado a cabo por Nathalie Richard e a sua equipa, que devolveu alma ao local sem alterar a sua história. A combinação dum ambiente cosmopolita com estilo contemporâneo num edifício com séculos de vida é algo brilhante.

Tudo isto aliado a uma equipa atenta, dinâmica e simpática é um sucesso garantido!

Hotel Marignan 
Quartos a partir de 250€
Rua de Marignan, 12 – Paris
+33 1 40 76 34 56
reservation@hotelmarignan.fr

English Version

Fotos: Flavors & Senses

Nota
Estivemos no Hotel Marignan a convite, sendo que isso em nada altera o nosso trabalho cuja opinião e o texto são da exclusiva responsabilidade do seu autor.

Caso necessitem de transportes privados recomendamos o uso da Blacklane, que nos transportou durante os nossos dias em Paris.

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