Tenho que admitir que sempre foi uma das cidades que mais queria conhecer, talvez por ter uma pessoa que me é muito próxima completamente viciada e neurótica por Londres, e que desde cedo me incutiu o interesse por esta viagem!
Assim, numa fugida de apenas três dias lá me aventurei por terras de Sua Majestade.
Londres é uma espécie de paraíso para todos os gostos, é simultaneamente uma cidade com séculos de história e cosmopolita como poucas. Em cada recanto encontramos um edifício histórico ao lado de outro que enaltece o que de melhor temos na arquitetura dos nossos dias. É o passado conjugado com o futuro na mais perfeita combinação. Daí o sucesso daquela que é uma das cidades mais visitadas do mundo.
A vista da Catedral de St Paul
Londres é uma importante cidade global e um dos maiores, mais importantes e influentes centros financeiros do mundo. Cidade que remonta a sua origem aos romanos, apresenta uma enorme diversidade de povos, culturas e religiões, uma das imensas razões pelas quais é considerada uma das cidades mais interessantes do mundo, e uma das melhores para se viver.
Londres já foi a maior cidade do mundo (entre 1831 e 1925). A superpopulação e o crescente congestionamento do tráfego deram origem à primeira rede ferroviária urbana do mundo. O que conhecemos por Londres é, nada mais nada menos que, uma região administrativa que reúne 32 bairros (boroughs) e um distrito que ocupa o centro da cidade (City of London) que tem apenas uma milha quadrada – Square Mile – e possui um estatuto único, com o seu próprio “Lord Mayor of London”, câmara municipal, bandeira, brasão, polícia e até leis.
Historicamente, o que faz da City of London tão especial é que foi nesta área da margem norte do Tamisa, em meados do século I d.C., que os romanos se estabeleceram comercialmente e ao qual chamaram de Londinium.
Mas, história à parte, vou contar-vos o que consegui visitar em apenas três dias.
Chegamos por volta da hora do almoço a Londres e a fome já apertava! Pousamos as malas no hotel e rumamos à descoberta dum local para comer.
Optamos pela street food na mítica Chinatow que fica no Soho, Westminster. É um pouco da China na capital inglesa, com restaurantes e lojas tradicionais de grande qualidade.
Aqui encontram comida oriental a um preço bastante acessível, e bastante saborosa também, optamos pelo Yangguang Supermarket, e o mais famoso Char Siu Bao da cidade (ver artigo).
Mais confortáveis e com o apetite saciado, rumamos à City of London, a um dos ex libris da cidade, a St Paul’s Cathedral, ou a Catedral de São Paulo. Esta obra prima de Sir Christopher Wren, que a reconstruiu após um grande incêndio em 1966, foi o local do casamento do Príncipe Charles e de Lady Diana em 1981. É uma catedral anglicana e é a sede do Bispo de Londres, a sua cúpula é a segunda maior do mundo e dela tem-se uma visão magistral sobre a cidade. No local da catedral foi erguida, em 604 d.C., a primeira igreja de Inglaterra, feita de madeira. Ao longo de centenas e centenas de anos foi sendo alterada e reconstruída até que assumiu a forma que o seu último arquiteto lhe deu, o estilo barroco com uma cúpula inspirada na da Basílica de São Pedro (a única que a ultrapassa na altura!). Aqui estão sepultadas personalidades importantíssimas, como o seu próprio arquiteto, a pioneira de Enfermagem, Florence Nightingale, o Duque de Wellington, Alexander Fleming, entre muitos outros.
Após este exímio exemplo de arte sacra, rumamos à Tower of London, que fica relativamente perto. A Torre foi fundada em 1078 por Guilherme I, o Conquistador, que ordenou a construção da Torre Branca dentro do ângulo sudeste das muralhas da cidade, adjacente ao Tamisa. A Torre servia para proteger os Normandos do povo de Londres e para proteger a cidade dos invasores externos.
Foi um dos locais que mais me suscitou interesse, pois todo o ambiente está repleto de história e influenciado pela sua própria estrutura física.
A sua função já foi residencial até meados do século XVII e, até hoje, possui o papel de abrigar os monarcas que são coroados. No entanto, as funções foram variando com o passar dos séculos, desde palácio para “Sede da Casa da Moeda” a “Mostra dos Animais do Reino”, servindo, também, como local de execução e tortura. Este último cujas histórias enchem as nossas mentes de curiosidade, mórbida, diria eu!
Bloody Tower – Torre de Londres
É também na Torre de Londres que as Jóias da Coroa ficam guardadas, numa câmara subterrânea.
Pormenor curioso é a colónia de corvos que habita a Torre e é protegida por decreto real, pois segundo a lenda, o império ruirá no dia em que estas aves deixarem o lugar, verdade ou lenda, é melhor não arriscar!
Esta maravilhosa e misteriosa, quase assustadora, obra de arte é constituída, também, pela Torre Sangrenta, que representa o passado obscuro e de terror deste local, a Igreja de São João, o Evangelista, um local normando de devoção religiosa, o Portão dos Traidores, assim chamado por garantir um meio discreto de conduzir importantes prisioneiros à Torre, a Torre Verde, local de execução de pessoas nobres, como por exemplo, Ana Bolena, o museu das armas e armaduras reais, e os guardas, num total de 35 que vamos encontrando ao longo de todo complexo, que usam os uniformes da época dos Tudors.
Resumindo, um exemplar de história pura com todo o mistério necessário para suster a nossa respiração.
Muito próximo da Torre temos um dos locais mais icónicos da cidade, a Tower Bridge, uma ponte-báscula construída sobre o rio Tamisa, inaugurada em 1894, sendo atualmente uma das pontes mais famosas do mundo, e sem dúvida, uma das mais bonitas.
Findada esta tarde saída de uma aula de história, fomos jantar ao Tapas Brindisa (artigo) nas imediações do Borough Market.
Após o jantar aproveitamos para visitar uma das praças mais frenéticas de Londres, Picadilly Circus. Que vida, que luz, que loucura! Somos completamente invadidos por uma sensação de alegria, tal é a euforia desta zona!
A área é rodeada de várias atrações turísticas, incluindo a estátua de Eros e os bares e teatros do West End londrino. Durante os anos sessenta do século XX era um dos centros da Londres moderna.
Uma das razões pela qual se chama de Circus são os famosos outdoors localizados num prédio de esquina de Picadilly, neles podem ser observados vários anúncios comerciais em néon.
Por fim, terminamos o primeiro dia, já exaustos, a assistir ao musical O Fantasma da Ópera, no Her Majesty’s Theatre, (na altura da nossa visita, ainda com a fantástica Sofia Escobar), recomendo vivamente que assistam a um musical, há imensos em exibição o ano todo, e para todos os gostos!
O Final do 1º dia Dia foi perfeito, na companhia do famoso Fantasma da Ópera
Este Artigo é o 1º de uma série de 3. (ver Dia 2) ( Ver Dia 3)