Dia 3
Hoje vamos para um dos mais idílicos pontos da cidade, provavelmente, o meu preferido.
A norte de Paris, no ponto mais alto da cidade, chegamos a Montmartre, e à sua monumental Basílica de Sacré-Coeur.
Os Artistas na praça de Montmartre
Este mítico local de pintores e poetas, desde Picasso a Apollinaire, estará para sempre associado ao estilo de vida boémio do final do século XIX e início do século XX. Ainda hoje podemos observar imensos artistas a pintar retratos de turistas ou simplesmente a eternizar no papel os mais belos recantos de Paris.
Aqui encontramos uma das mais míticas basílicas, a Sacré-Coeur, arquitetura neo-românica, com o seu magnífico perfil branco de onde se observa a cidade no horizonte com uma vista deslumbrante.
Na minha segunda viagem a Paris, já com mais calma visto já conhecer bem a cidade, paramos na escadaria que dá acesso à Basílica, a observar a cidade e a ouvir um músico de rua, (que mais tarde viemos a descobrir ser o mais famoso músico de rua do mundo!), e foi incrível pois apercebemo-nos que naquela mesma escadaria estavam pessoas de todo o mundo, a fazer exatamente o mesmo que nós, a descansar, a aproveitar um dia de sol magnífico e a serem Felizes! Reservem a manhã toda para este local incrível e toda a região de Montmartre.
A vista do Sacré-Coeur sobre Paris
Um pouco abaixo de Montmartre, mais precisamente em Pigalle, fica o Moulin Rouge. Para mim, e sendo eu mulher, é óbvio que quando penso em Moulin Rouge, me lembro do filme, e da triste e emocionante história de amor, claro que quem só leva isto na cabeça, se desilude…
O Moulin Rouge, que ainda hoje apresenta espectáculos de cabaret, é apenas um negócio, bem caro, aliás, que do clássico e original apenas mantém as pás vermelhas do moinho do lado de fora. Eu queria ter encontrado aquela imagem dos salões de baile da Belle Époque que escandalizavam os cidadãos e atraíam os boémios com as suas dançarinas de Cancan, mas não encontrei.
Podem optar por marcar jantar e assistirem a um espectáculo, mas preparem-se porque vos vai ficar bem caro (e com comida pouco interessante).
Continuando a descer em direção ao Sena (a pé ou de Metro – recomendaria este último) podemos encontrar um Museu de Arte Moderna que contrasta com o passado arquitetónico da cidade, o Centre George Pompidou e a histórica região do Marais. Passem pelo Bairro do Marais, em tempos um bairro da Nobreza, mais tarde (ainda hoje) com uma forte presença Judaica, e mais recentemente pela comunidade Gay. É um bairro vibrante, repleto de lojas modernas em contraste com espaços históricos, bistros de qualidade, algumas das melhores cafetarias e pastelarias da cidade, e sempre com uma atmosfera muito própria.
É sem dúvida uma das nossas zonas preferidas da cidade. Se passarem perto da hora do almoço ou lanche, comprem o almoço numa das suas boas padarias com os queijos de um bom Affineur, e sentem-se na lindíssima Place des Vosges (a mais antiga da cidade) a desfrutar da história que vos rodeia, como a casa de Victor Hugo, onde foram escritas muitas das suas obras.
Depois do passeio dirijam-se para o Centre George Pompidou, aberto desde 1977, cujo edifício é por si só uma das mais famosas peças de arte moderna de todo o mundo. O esqueleto do prédio, as escadas rolantes, os elevadores e as tubuladuras de ar e água ficam à mostra, tudo num misto de cores vivas e fortes. A seguir, entrem e desfrutem de algo diferente do resto da cidade, com algumas das melhores peças de arte moderna da actualidade, e também uma das melhores vistas sobre Paris.
E assim termina mais um dia!
Ver Mapa Pedonal Para o Dia 3 (Mapa 1) (Mapa 2)
Este Artigo é o 3º de uma série de 7. (Dia 1) (Dia 2) (Dia 4)
Onde Dormir – Locais próximos deste Dia do Roteiro
Hotel de Nell, Hotel Dupond Smith
Onde Comer – Locais próximos deste Dia do Roteiro
Café Breizh, L’As du Fallafel, Mary Celeste, Bistros familiares do Marais, Pastelarias como Jacques Genin ou L’Éclair de Génie.
Fotos: Flavors & Senses